terça-feira, 30 de abril de 2013

Conheça o show do chef dinamarquês Nicolai Tram


Chef Nicolai Tram
O trabalho do chef Nicolai Tramde Copenhagem, é um show a parte, o qual tivemos o prazer de conferir em uma apresentação organizada aqui pela representação turística da Dinamarca, terra de boa cerveja, biscoitos amanteigados e  também de um dos melhores restaurantes do mundo atualmente, o Noma

O chef é incisivo e rápido em explicações e comentários, e é um dos produtores do Master Chef, agraciado com medalhas em seu país, já passou também pelo El Bulli e  La Terraza del Casino, em Madri, duas estrelas Michelin, apesar dele próprio admitir para o Casal de Avental que "não acredita em restaurantes" e que "não come comidas de rua", fato que o levou a não conhecer melhor a culinária brasileira em sua rápida visita por aqui.

Mas não o julgue mal por isso, pois Tram é gente que faz, prova disso é a organização de chefs independentes e criatividade culinária, a NaCl, do qual ele integra e viaja o mundo fazendo suas apresentações.

Os "elementos" utilizados na apresentação
“Elements” é elaborada pelos quatro elementos básicos do planeta: terra, ar, fogo e mar, é e completamente voltada aos sentidos humanos. Tem quatro minutos e meio e é feita individualmente, entre o chef e o comensal. Tram afasta os curiosos e pede para que se coloque o fone de ouvido, se concentre na música enquanto, numa tela na mesa, um dos elementos é mostrado. Ele oferece garfo e colher de madeira e pede para que provemos apenas quando ele apontar a pequena porção.

Primeiramente, terra: dois tipos de cogumelos, um em pasta sobre a mesa, outro em conserva sobre a pasta, e purê de beterraba. Salpicados por pó de oreos (sim, o biscoito).

Ar: em nitrogênio líquido, despeja-se uma colher de espuma de menta. Em alguns segundos, un quenelle  se forma. Ao provar, é "quebrado" o que se formou e o efeito é esfumante, saindo até pelas narinas.

Luiz participando do show do chef Nicolai Tram
Fogo: cenoura salgada com maionese hoisin chinesa, realmente para esquentar o paladar , coberta com cinzas de feno.

E finalmente, água: serve-se um copo de água pura dinamarquesa com baunilha e geléia de elderflower, o nosso sabugueiro.

No final, o chef apenas cumprimenta, agradece e chama o próximo. Não há muito tempo para explicações pois cada um tem seu tempo para assimilar que tipo de experiência teve. E quando volta a sí, o chef já está em mais uma viagem gastronômica (ou malabarismo culinário? Ou alquimia alimentar?) com outra pessoa de muita sorte.

Confira o vídeo feito pelo Casal de Avental desse inesquecível espetáculo:


sexta-feira, 26 de abril de 2013

10ª edição da Feirinha Gastronômica, em São Paulo

Tartele do Trivial
A Feirinha Gastronômica chega à sua 10ª edição e promete reunir sabores exóticos em pratos internacionais, como o  húngaro gomboc, uma batata frita recheada com goiabada e coberta por farinha de rosca e paprica, ingrediente que também está presente no toltott — pimentão recheado com carne suína e bovina acrescido de arroz em molho de tomate bem agridoce. A Tailândia também promete ser bem representada pelos espetinhos do Da Santinha, os tradicionais satay de frango ou tucunaré, acompahados por um molho tropical de banana, rum e manga. 

Sabores bem brasileiros também poderão ser provados na Feirinha, como é o caso da maniçoba e do tacacá, la do Amazônia, ou o autêntico sanduíche de bauru.

Serviço

O quê? 10ª edição da Feirinha Gastronômica
Onde? Rua Girassol, 309 - Pinheiros, São Paulo
Quando? Todos os domingos, das 11h às 19h
Quanto? A partir de R$ 3

Comida Baiana na Casa de Tereza


A cozinha baiana é uma das mais originais do nosso país, já que leva consigo a tradição europeia,  africana e indígena em seus pratos. Ingredientes como o dendê, o quiabo, a mandioca, o ovo de galinha, as pimentas e os frutos do mar são presentes em quase todas as opções em restaurantes, bares e barraquinhas de rua de Salvador. A muqueca, o acarajé e a cocada perfumam o ar da capital. E abrem o apetite de muita gente.

Mas é em uma casa de esquina, logo após o largo da Mariquita, no Rio Vermelho, reduto de botecos e cadeiras de plástico, que está o restaurante Casa de Tereza – Gastronomia e Cultura. O local permaneceu abandonado por muito tempo, mas hoje em dia, e principalmente internamente, surpreende pela decoração dedicada aos Orixás e principalmente à Yemanjá (foto), os três salões e um bar, além de uma pequena mercearia no subsolo, onde é possível encontrar iguarias tais como cacau, dendê, beiju, licuri (novo em nosso dicionário gastrônomico) em óleo e tostado, pimentas e outras coisinhas típicas.


O cardápio bem elaborado conta a história do lugar e enumera diversos pratos da culinária local, como muquecas e ensopados, que servem duas pessoas. Há também pratos individuais, como o peixe com mel de cajá, diversas apresentações de camarões — mas o que chama a atenção é o risoto de camarão com maturi (castanha de caju jovem, ainda um pouco verde) e côco, frutos do mar, carnes e frango. As sobremesas são variadas e as cachaças são pontuais. 

Sábado as 21h  o salão principal e o bar estavam cheios, mas não havia espera. O salão superior recebia um evento. E esse detalhe parece que fez a diferença no serviço, infelizmente. Apesar disso, uma caipirinha de umbu-cajá surpreendeu positivamente, pois o sabor era bem doce, e a cachaça Amada da Bahia é deliciosa. 

O prato principal escolhido aquela noite foi: “Trilogia do Mar”, com polvo, dourado e camarão, acompanhada de arroz branco, aipim, farinha e pirão. A caipirinha veio. A comida não.

A comida não veio.
A comida não vem.
Cadê a comida?

Após uma série de desculpas por causa do evento no andar superior, alguns “mais dez minutinhos e pronto”, outros “já já vai sair”, aí veio. Uma hora e quinze de espera que parecia não ter fim.

Apesar disso, tudo estava delicioso. A muqueca tinha muito camarão e polvo, não pesou no estômago e satisfez completamente. O pirão e as pimentas que estavam na porção completaram o prato de maneira primordial. Pena que já não havia mais tempo para a sobremesa.

E assim termina-se a noite. Não pode ser possível esperar uma hora e quinze para o prato chegar à mesa. Não é um tempo razoável. Pecou-se pela demora, apesar da apresentação e sabor do prato.
Acredito que voltaremos, mas antes ligo para fazer o pedido.

Serviço

O quê? Casa de Tereza
Onde? Rua Odilon Santos, 45, bairro Rio Vermelho, Salvador-BA
Quando? Aberto diariamente das 12h à 1h da matina e domingo até às 19h
Quanto? Aproximadamente R$ 100 o casal

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Comida di Buteco 2013

Costela no bafo com abacaxi e molho agridoce, acompanhada por mandioca no Escritório da Cerveja, em BH



Todo ano o Comida di Buteco escolhe dois ingredientes obrigatórios no preparo dos pratos, e é dada a largada: vence o que convence, aquele com mais criatividade e bom gosto que formula uma receita que, mesmo não sendo a campeã, passará a compor o cardápio do estabelecimento dali em diante. Para 2013, a linguiça e a mandioca foram os escolhidos.

Reconhecido como o maior concurso de cozinha de raiz do Brasil, o evento ocorrerá simultaneamente nas 16 cidades participantes. Vale a pena visitar o site oficial para ver como cada estado "se vira" com esses dois ingredientes e prepara receitas de acordo com os costumes culinários locais. Ainda que seja difícil algum deles bater a grande capital dos butecos do Brasil, afinal, já dizia o hino: "Oh, Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais...".
Prato de petiscos do Pompéia Bar, em São Paulo


Serviço


Quando? 12/04 a 12/05
Onde? Simultaneamente em 16 cidades do Brasil, confira no site do evento
Quanto? Varia de acordo com o buteco e a cidade




segunda-feira, 15 de abril de 2013

Casal de Avental na cozinha do Paris 6



Chef Michael Katz e Luiz na cozinha do Paris 6
 Hoje o Luiz vestiu o avental, ou melhor, a roupa de chef e ajudou com os preparos da Semana Mediterrânea, que começa amanhã, 16/04, no Paris 6

Ao lado do chef israelense Michael Katz, convidado exclusivamente para esse evento, e o chef do local, Mário Soza, eles discutiram os ingredientes que seriam utilizados no preparo dos pratos. Confira em primeira mão o cardápio completo do evento:




terça-feira, 9 de abril de 2013

Semana Mediterrânea no Paris 6, em São Paulo




A culinária israelense — muito além do hummus — será dignamente representada em um evento gastrônomico organizado pelo Ministério do Turismo de Israel no Brasil em parceria com o conceituado restaurante Paris 6. Um dos mais renomados chefs israelenses, Michael Katz*, virá para o Brasil especialmente para comandar a cozinha e montar um cardápio de deixar qualquer amante da boa culinária com água na boca. Confira alguns dos pratos que serão servidos durante a semana:

  • Salada Israelense: tomate e pepino servidos com queijo tipo feta;
  • Jerusalém Mix: uma mistura de peito de frango com fígado e moela na chapa;
  • Sobremesa: baklava, um doce feito com nozes, pistache e mel.


* Michael Katz é chef executivo dos restaurantes Colônia, Adom e Lavan, em Jerusalém. Ele já comandou grandes cozinhas internacionais, como “Chez Bruno” e “La Villa Laorraine”, na Bélgica, e “Le Cordon Bleu”, em Londres,  todos classificados com estrelas Michelin. Além da experiência em restaurantes em diversos países - Japão, Irlanda, Canadá, Suécia, México, Austrália, França e Estados Unidos.


Serviço

O quê? Semana Mediterrânea
Quando? 16/04 a 23/04, das 12h à 0h
Onde? Rua Haddock Lobo, 1240, São Paulo 
Quanto? Segunda a sexta, R$ 39, sábados, domingos e feriados R$ 49, o prato comercial, que inclui entrada e prato principal. A sobremesa sai por R$6.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Yunsa 2013, a Festa Cultural do Carnaval Andino, em São Paulo

Que São Paulo é terra de imigrantes e migrantes, isso todo mundo já sabe. O que não é tão divulgado assim são os festivais e feiras organizados por essas comunidades, que vão muito além da tradicional feirinha da Liberdade.

Um bom exemplo é a Yunsa, que em 2013 fará sua segunda edição e espera receber um público de aproximadamente sete mil pessoas, de acordo com a organização do evento, o Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante, a Associação Latino Americana de Arte e Cultura Andinda e o Consulado do Peru.

Os visitantes poderão conhecer melhor sobre a cultura e tradições dos povos andinos, como também poderão receber informação sobre como legalizar a estadia no Brasil. Porém, o que interessa ao leitor deste blog senão as salteñas, o ceviche e o refresco de chicha morada que poderão ser encontrados no evento?

Nós, com certeza, estaremos lá para prestigiar e matar as saudades da Culinária Andina. Confira o cartaz oficial da festa:


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Comidas de rua de Cartagena das Índias



É quase certo afirmar que, em Cartagena das Índias, cada rua tem sua própria história, mas também tem sua própria comida. Em cada esquina, principalmente dentro da cidade amuralhada, é possível encontrar uma opção rápida, barata e gostosa para satisfazer a fome. São as populares comidas de rua, existentes em todo o mundo e que contam para os turistas mais curiosos em prová-las um pouquinho sobre a culinária e os costumes da gente que habita aquele local. E nós, é claro, provamos algumas delas:

Luiz comendo pan de bono
Pan de bono: encontrado facilmente em qualquer padaria de Cartagena, o pan de bono tem como ingrediente principal a mandioca, o que lhe confere um aspecto muito parecido com o nosso pão de queijo na textura, apesar de ser um pouco mais docinho no paladar. Assim como o pão de queijo, mata a fome em situações de pressa, quando nem mesmo podemos esperar por um prato de comida ficar pronto. O pan de bono foi o nosso alento quando voltavamos à cidade depois de passar o dia nos aventurando em alguma praia das redondezas. 


Amanda comendo arepa 
Arepa: "A la orden, arepas por 2 mil pesos*!" Em qualquer esquina de Cartagena, é fácil de se ouvir essa frase, gritada em ritmo cantado, e encontrar um vendedor de arepas. Servidas bem quentinhas, à primeira vista lembram a nossa tapioca, mas a massa é feita a partir de farinha de milho e costuma-se rechear com queijo. 


Salada de frutas: as cartageneras vendem porções caprichadas das mais típicas frutas colombianas. É uma refeição por sí de tão grande e custa entre 6 a 8 mil  pesos (R$6 a R$8). O pote vem com banana, melão orange, abacaxi, manga, melancia e fruta de la passion, uma variedade mais doce e de cor arroxeada do maracujá. Além da salada de frutas, pode se optar por uma porção de fatias de manga verde com sal (isso mesmo!), conhecida por "mangobiche", e não é que é bom mesmo?
























Os patacones foram o nosso primeiro contato com a culinária da Colômbia. Havíamos acabado de chegar de São Paulo exaustos e famintos, quando nos deparamos com essa enorme banana da terra amassada e frita embaixo de uma estupenda cobertura a sua escolha (pode ser com guacamole, carne, frango, cogumelos, queijo). Uma porção dessas custa, em média, uns 20 mil pesos. 
Patacon vegetariano















* 2 mil pesos equivalem a aproximadamente R$ 2.