terça-feira, 10 de setembro de 2013

Belém, vem que tem! Milleo Lanches


Garoto, a "tubaína" paraense
De volta a Belém para comer bem. E não há maneira melhor de descrever a culinária dessa cidade como o melhor tesouro da culinária brasileira. A verdade é que não só sabores, mas também cores e sensações se tornam ubíquas na mesa.E o paraense ri, diz que são coisas tão corriqueiras que nem fazem muito sentido serem descritas e exploradas.

Como já conheciamos o Ver-o-Peso e outros pontos turísticos, chegou a vez de se aprofundar em restaurantes mais tradicionais, do gosto dos locais, e o escolhido foi o Milleo, indicação do amigo Eurito.

O Milleo visto de fora não chama muito a atenção de ninguém, talvez pela grande quantidade de carros na porta. Ou para alguém que não é de Belém, a enorme propaganda de refrigerantes Cerpa (não se vende cerveja). Eurito comentara sobre os sanduíches Beirute feito com ingredientes locais e esse foi o prato escolhido.

Beirute com ingredientes típicos do Pará
No cardápio simples de papel xerocado, a busca era pelos especiais. Uma mistura que infelizmente estava dispersa em duas opções, que no final ficou assim: pão sírio, pirarucu, jambu e queijo de Marajó. Os ingredientes estão explicados aqui. A história é o seguinte...Não tem nada igual. Sério, arrume suas malas e vá provar! O pão vem tostadinho, o pirarucu levíssimo e presente na medida exata. O queijo de Marajó é um primo simpático do nosso coalho feito com leite de búfala e que chega em fatias grossas o suficiente para não derreter e sim grelhar. E o jambu? Dá aquela sensação de dormência gostosa (como se houvesse beijado uma tomada). Acrescente a pimenta com tucupi e um suco de muruci. Uma sensação vai percorrer sua boca, os lábios, até seus neurônios. E então, pergunte-se como não havia provado isso antes.

Luiz contente e Pedro, o dono do pedaço
Pedro, o dono do lugar há 27 anos, veio até nós. Ele passa de mesa em mesa cumprimentando calorosamente os comensais, e ainda fez-nos provar o milk-shake de açaí – 150ml dá quase uma refeição. Lembrando que o açaí no Pará não é o que comemos no sudeste, não. 

Por último, me presenteou com meio beirute de camarão rosa, chicória, queijo de Marajó e jambu, acompanhando de guaraná garoto em garrafa retrô (foto). O camarão vem temperado e em quantidade para que esteja presente em cada mordida. Cada mordida.

Fui embora não só satisfeito. Fui contente. Acho que vou virar embaixador da cozinha paraense.