A primeira vez que fomos a um restaurante coreano em São
Paulo não sabíamos ao certo o que comeríamos, mas tínhamos uma certeza: a
bebida seria o Soju. Afinal, já que é para conhecer a culinária de outro país,
é para conhecer de verdade, sem essa de pedir uma “coca-cola light com gelo e
limão”.
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Propagandas de Soju, tão "sexy" quanto as loiras geladas |
Bom, mas voltando ao Soju, essa bebida é como se fosse a
“pinga” dos coreanos, preparada a partir da destilação do arroz e possui uma
graduação alcoólica relativamente baixa, variando entre os 15% contra os 39% usuais da cachaça brasileira. O
gosto é bem suave e agradável, por isso, é fácil ficar “alegrinho” com ela sem
perceber. A vantagem da alcalinidade do Soju é quebrar a acidez e a pujância nos fortes temperos da comida coreana,
principalmente do kimchi, a acelga em conserva onipresente das
refeições.
Acredita-se que o primeiro Soju foi feito no século 13,
durante a invasão dos Mongóis à Coreia,
que levaram ao país a técnica de destilar. De lá para cá, a bebida se tornou a
mais vendida no mundo dentro do universo alcoólico, sendo as marcas Lotte e
Jinro as campeãs no mercado coreano e internacional. Elas podem ser encontradas
facilmente no Brasil, para quem está em São Paulo, no bairro da Liberdade ou do
Bom Retiro, onde a imigração coreana foi bem intensa. O preço fica na faixa dos
R$15 e varia conforme a marca.
Em qualquer filme coreano que se preze, o Soju está sempre
lá, contracenando com os atores. Basta também visitar um restaurante coreano
para constatar que essa bebida é realmente popular: você vai perceber garrafas
e mais garrafas vazias sobre a mesa. E dá para entender o motivo, pelo menos
nós, desde nossa primeira experiência em um restaurante coreano, não deixamos
mais faltar Soju em casa.